Clima para investimento melhora com estabilidade, afirma Murilo Portugal

13/12/2005 - 10h48

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Brasil tem alcançado resultados positivos no controle da inflação, na redução da vulnerabilidade externa e na consolidação fiscal, de acordo com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Murilo Portugal. Para ele, esses fundamentos são prioritários para dar estabilidade econômica ao país e criar um clima de segurança para o investimento planejado.

A afirmação do secretário foi feita na abertura do seminário sobre Agenda Microeconômica – Evidências e Perspectivas, que reúne durante todo o dia de hoje na Confederação Nacional da Indústria (CNI) empresários e autoridades governamentais para discutir formas de aumentar os investimentos privados na economia.

Murilo Portugal ressaltou que "o crescimento econômico em nível elevado e sustentado depende, mais que tudo, da estabilidade macroeconômica, e esta é uma precondição necessária para o desenvolvimento, embora não seja suficiente". Para ele, não existe, portanto, nenhum conflito entre estabilidade e crescimento.

Segundo Portugal, o Brasil está vivendo regime de "inflação controlada e descendente" há mais de uma década, em que pesem os vários choques externos que provocaram elevações temporárias da inflação, mas que não conseguiram interromper sua trajetória de queda. Isso protege o salário real do trabalhador e o rendimento do aposentado.

Portugal disse aos empresários que a equipe econômica do governo mantém o esforço para reduzir distorções tributárias que, de alguma forma dificultem a alocação de recursos na economia. "Já iniciamos caminhada nesse sentido com um conjunto de medidas que vão assegurar trajetória cadente da carga tributária".

Ele citou avanços no mercado de crédito consignado e de financiamento imobiliário e agrícola, além do impulso com a criação de novos títulos de crédito na construção civil e no agronegócio. De modo geral, afirmou que "se olharmos para trás, ficamos satisfeitos com o que já foi feito; mas, olhando para a frente, vemos que ainda há muito por fazer".