Brasil Alfabetizado completa três anos com mais de 5,2 milhões de beneficiados, revela diretor

13/12/2005 - 11h26

Ivan Richard
Da Agência Brasil

Brasília - O programa Brasil Alfabetizado, voltado para aumentar a escolarização de jovens e adultos, deve fechar este ano com um acumulado de 5,2 milhões de pessoas atendidas desde sua criação, em 2003. A informação é do diretor de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação (MEC), Timothy Ireland. "Pretendemos atender mais 2 milhões em 2006. Calculamos que até o final do ano que vem, serão mais de 7 milhões de jovens e adultos atendidos", afirmou.

No último sábado (10), cerca de 3 mil jovens e adultos receberam certificados de conclusão do curso de alfabetização. Foi o encerramento da segunda turma do projeto de erradicação do analfabetismo Rede Cidadã Trinacional. O programa é coordenado pelo Parque Tecnológico de Itaipu e conta com parceiros como a usina hidrelétrica de Itaipu, Sesi, Fundação Banco do Brasil, Rotary Club, prefeituras municipais da região e outras entidades.

Ireland destacou a importância das parcerias do poder público com a sociedade civil para o Brasil Alfabetizado. "Essencialmente, o Brasil Alfabetizado é um programa de parcerias que depende do compromisso e do envolvimento dos parceiros. O exemplo de Foz (Foz do Iguaçu) mostra o envolvimento do setor produtivo com os governos locais e outras entidades como Sesi e Rotary (Club)".

Segundo Ireland, as empresas estatais têm apoiado principalmente na confecção de material de leitura. Um dos grandes desafios, disse o diretor, é preparar material didático específico para esse público que está concluindo o programa. "A participação dessas empresas é super bem-vinda e muito importante porque mostra o lado da responsabilidade social das instituições. Elas, como extensão do governo federal, mostram que a necessidade de educação e alfabetização é intersetorial", disse.

O desafio de erradicar o analfabetismo exige a ação articulada de todos os níveis de governo e da sociedade civil, afirmou Ireland. "Essa participação das empresas estatais é mais um elemento importante porque dá um exemplo para outras empresas", completou.

O diretor citou um exemplo o estado do Ceará, onde em 2005 mais de 200 mil jovem e adultos estiveram em salas de aulas. "O interesse de vários parceiros como Sesi e a CUT, mostra que há uma certa sinergia, uma compreensão da importância desse momento para o enfrentamento do analfabetismo no Brasil, que exige uma ação articulada. Não é uma questão que será resolvida apenas pelo governo federal, exige uma atitude entre as várias instancias de governo e da sociedade civil", lembrou Ireland.