Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio - O fornecimento de gás natural para a Amazônia, a partir da instalação do gasoduto Coari-Manaus, vai representar a substituição total do consumo de óleo combustível na região, disse hoje (5) o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

"Uma vez sendo utilizado para térmicas, reduz em 100%", afirmou Gabrielli. Ele assinou com o presidente do BNDES, Guido Mantega, contrato de financiamento no valor de R$ 1,6 bilhão para a construção do trecho Coari-Manaus do gasoduto de Urucu e do trecho Cabiúnas (RJ) –Vitória(ES) do gasoduto Gasene, que integrará as malhas do Sudeste e Nordeste.

Empréstimo de R$ 800 milhões do BNDES será concedido à Transportadora Urucu Manaus S/A, que utilizará os recursos para a instalação de um gasoduto que transportará até Manaus o gás natural produzido na província petrolífera de Urucu, além de outro duto para gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha, conectando Urucu ao terminal do Rio Solimões, no município de Coari (AM).

Segundo informou o BNDES, a Transportadora Urucu Manaus é uma sociedade de propósito específico (SPE) criada para instalar os gasodutos. A estimativa é que o projeto abrirá mais de 36 mil postos de trabalho diretos e indiretos na fase de construção dos empreendimentos, que demandarão recursos de R$ 1,44 bilhão.

Os outros R$ 800 milhões foram concedidos pelo BNDES para financiar o projeto da Transportadora Gasene, constituída este ano para construir o trecho inicial do gasoduto Gasene, com 298 quilômetros de extensão entre Rio de Janeiro e Espírito Santo. O investimento total é de R$ 1,3 bilhão.