Ministro da Segurança Institucional diz que não dá para apurar denúncia de grampo sem fatos

08/11/2005 - 13h15

Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O chefe do Gabinete de Segurança Institucional, ministro Jorge Armando Félix, disse hoje (8) que não há como apurar a denúncia de grampos telefônicos, se não houver fatos.

"Se nós não tivermos nenhum dado, se não tivermos nenhum fato, se não tivermos nenhum indício do que ocorreu, como ocorreu e de que forma, é impossível nós apurarmos. Apenas com uma informação verbal – 'fui grampeado' - não dá para fazer nada", afirmou o ministro, após encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Félix disse que o assunto não foi tratado com Aldo.

Jorge Félix disse que já foram solicitadas mais informações sobre os grampos, mas que ainda não chegaram as respostas. "Ainda não recebemos respostas. Solicitamos fatos ou dados que comprovem ou nos ajudem a eventualmente apurar", afirmou.

Na semana passada, os deputados Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) e Eduardo Paes (PSDB-RJ) disseram que desconfiavam de grampos em seus telefones. O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), também pediu que fosse feita uma varredura em seus telefones.

Questionado sobre a liberação de arquivos relativos à época da ditadura militar, o ministro disse que já existem dois grupos de documentos prontos para serem liberados e transferidos para o Arquivo Nacional.