Adoção de bateria ou célula de combustível pode eliminar poluição, diz comissão da Anfavea

08/11/2005 - 17h58

São Paulo, 8/11/2005 (Agência Brasil - ABr) - A eliminação da poluição produzida pela queima de combustíveis dos veículos automotores só será possível com a adoção de carros movidos a bateria ou a célula de combustível – espécie de bateria que pode ser continuamente carregada com novo combustível, como o hidrogênio.

A informação é do presidente da Comissão de Energia e Meio Ambiente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Henry Joseph Júnior. No Congresso Internacional de Biocombustíveis, que se realiza nesta semana, ele informou ainda que os chamados biocombustíveis renováveis – o gás natural veicular (GNV) e o Gás-to-Liquids (GTL) – reduzem apenas em parte a quantidade de poluentes emitidos.

Joseph Júnior afirmou, no entanto, que mesmo que os biocombustíveis (como o álcool) não sejam totalmente eficientes na diminuição da poluição, eles atendem plenamente à exigência de redução de emissão de CO2 e, em conseqüência, do efeito estufa. "No caso do álcool e do biodiesel, o balanço do carbono é zero. O que eu estou colocando na atmosfera, a planta ao crescer está removendo, e eu tenho então um ciclo fechado", disse.

Outra vantagem do biocombustível apontada pelo presidente da Comissão é que o custo da tecnologia para a produção é baixo e seu desenvolvimento, rápido, em curto prazo. Em contrapartida, o custo da tecnologia de baterias e células combustíveis é alto e somente a médio ou longo prazo será possível concluir o desenvolvimento.

"A indústria automobilística está enfrentando um dilema em relação às questões urbanas e ambientais. Ela não tem uma tecnologia que seja totalmente verde [que não polui] e que seja barata e totalmente desenvolvida", afirmou.