Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio - A capacidade atual de armazenamento do banco de sangue de cordão umbilical do Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, poderá ser ampliada de três mil para cerca de dez mil unidades. A informação é do chefe do Centro de Transplante de Medula Óssea da instituição, Luiz Fernando Bouzas. O banco integra a rede pública de bancos de sangue de cordão umbilical (Brasilcord).
Atualmente, o banco está atingindo a marca de 1,2 mil unidades congeladas, considerando a perda estimada entre 25% a 30% no número de unidades coletadas.
Com essas unidades, o Inca já realizou, desde setembro de 2004, sete transplantes de medula óssea. Outros sete procedimentos deste tipo estão sendo encaminhados e devem ser efetuados nos próximos dois a três meses. "Ou seja, já houve identificação de 14 unidades compatíveis para pacientes brasileiros", afirmou.
De acordo com o especialista, o projeto de ampliação do banco de sangue de cordão umbilical do Inca já está praticamente aprovado. Depende, apenas, da liberação de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - cerca de R$ 4 milhões.
Bouzas explicou que a identificação das unidades compatíveis para transplante feita pelo Inca é contínua. "Há um cruzamento quase constante entre as unidades armazenadas e as características dos pacientes que estão aguardando para o transplante", informou.
As unidades de referência do banco do Inca para coleta no Estado do Rio de Janeiro são o Hospital Maternidade Carmela Dutra e a Pró-Matre. Ambos apresentam um volume expressivo de partos mensais. O banco de sangue de cordão do Inca está expandindo a coleta de material. O instituto está em negociação avançada com o Hospital Marcílio Dias, da Marinha, para que ele entre no circuito.