Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio - Os funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal do município do Rio, que continuam em greve, farão uma assembléia amanhã (13) para avaliar a situação da paralisação que começou há seis dias. Os servidores dos dois bancos públicos resolveram manter o movimento, ao contrário dos bancários de empresas particulares, que decidiram encerrar a greve ontem.

A greve nos bancos privados terminou com a aceitação da proposta da Federação Nacional de Bancos (Fenaban), de reajuste salarial de 6%, abono de R$1,7 mil e mais uma participação nos lucros e resultados de 80% do salário. Já os funcionários cariocas do Banco do Brasil e a Caixa Econômica, que também tinham pautas específicas de reivindicações, não aceitaram as propostas da direção das empresas.

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, José Alexandre Costa, será difícil manter a paralisação por muito mais tempo, já que os funcionários dos dois bancos voltaram ao trabalho em outros 18 estados e capitais. Somente o Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Brasília, Maranhão e Piauí ainda mantêm a greve no Banco do Brasil e na Caixa.

"Agora estamos isolados. Fazer greve isoladamente é meio complicado, mas vamos avaliar o dia de amanhã e, no final da noite, a gente vai ter que decidir e ver os riscos de continuar numa greve cada vez mais isolada e mais sem perspectiva, já que a gente está considerando que não há mais o que negociar com o banco", disse o sindicalista.

De acordo com Costa, o Sindicato do Rio aceitou a proposta da direção dos dois bancos públicos e achou melhor acabar com a greve, mas os funcionários que compareceram à assembléia ontem decidiram manter a paralisação.