São Paulo, 3/10/2005 (Agência Brasil - ABr) - Os recursos para financiamento da casa própria alcançarão algo em torno de R$ 15 bilhões neste ano, o que representa a maior quantia já registrada na história da habitação no país. Deste total, R$ 10 bilhões são repasses do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e da receita operacional da Caixa Econômica Federal (CEF). O restante refere-se às disponibilidades do setor privado.
O anúncio foi feito hoje pelo presidente da Caixa, Jorge Mattoso, durante a cerimônia de abertura do 6º Seminário da Indústria Brasileira da Construção (Construbusiness 2005), que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além do dinheiro para habitação, segundo Mattoso, tem crescido a liberação de recursos para crédito comercial. "Até o final do ano deverão ser R$ 38 bilhões em financiamentos para pessoa física e jurídica", disse.
Segundo Mattoso, os repasses totais, incluindo os que são voltados para programas sociais, somam R$ 120 bilhões – o dobro da oferta no ano passado, de R$ 67 bilhões.
Durante o encontro, Mattoso assinou com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, convênio que prevê a abertura de linhas de crédito especiais para as indústrias filiadas e também para os seus trabalhadores. A parceria, voltada para o setor da construção civil, inclui antecipação de dinheiro para cobrir a folha de salários e empréstimos para investimento e capital de giro, com taxa de juros a partir de 1,39% ao mês e um aporte com taxa de 18% ao ano mais a TR (Taxa Referencial). Para os funcionários, o convênio prevê acesso a conta corrente, cheque especial, crédito imobiliário, seguros, previdência privada e cartão de crédito.
Em nota, a Caixa informa que a cadeia produtiva da construção civil reúne cerca de 520 mil empresas e responde por 15,6% do Produto Interno Bruto (PIB).
