Novos Pontos de Cultura pretendem levar educação e cidadania a comunidades carentes

03/10/2005 - 7h05

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança hoje (3) em Heliópolis (SP), 328 Pontos de Cultura que iniciarão suas atividades até o fim do ano em todo o país. A iniciativa faz parte do programa Cultura Viva que leva atividades culturais, educação e cidadania para as comunidades carentes. Para o próximo ano, os recursos serão de R$ 48 milhões.

Os novos Pontos de Cultura fazem parte do segundo edital do programa que recebeu 2,3 mil inscrições de projetos. O número representa 167% a mais que no ano passado, quando o programa recebeu 860 inscrições. Os novos centros vão se somar aos 210 já existentes em todo o país. "Vamos constituir a maior rede de cultura vinculada à ação das comunidades em todo o mundo. Isso eu digo com conhecimento de causa", afirmou o secretário de Programas e Projetos Culturais do Ministério da Cultura, Célio Turino. "Vamos passar dos 500 pontos de cultura até o início do ano que vem", acrescentou.

Turino explicou que o governo vai repassar R$ 180 mil para cada Ponto de Cultura, em cinco parcelas semestrais, e que no próximo ano serão investidos R$ 48 milhões. De acordo com ele, os Pontos de Cultura representam uma experiência vantajosa para governo e comunidade. "É uma iniciativa relativamente de baixo custo, cujos recursos chegam diretamente na ponta", disse.

"O Ponto de Cultura não é um espaço cultural feito pelo governo para as comunidades, mas, ao contrário, são ações desenvolvidas pela comunidade que ganham o reconhecimento do Estado e passam a receber esse aporte de recursos para aplicar conforme o plano de trabalho composto por eles", explicou.

Célio Turino informou que o ministério vai assinar convênio com várias universidades no exterior, como Berkley e Columbia, nos Estados Unidos, "que estão interessadas em acompanhar essa experiência brasileira".

O lançamento dos Pontos de Cultura será feito na unidade de Heliópolis, comunidade carente de São Paulo. Lá, a população pode participar de uma série de oficinas culturais, além de uma biblioteca.