Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio - Os grupos interessados em participar da Incubadora de Cooperativas Populares da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) têm de concorrer ao edital público aberto anualmente pela instituição. Segundo o coordenador da incubadora, Gonçalo Guimarães, o objetivo é tornar transparentes os procedimentos e permitir que todos recebam tal tipo de apoio.
A incubadora trabalha na organização do grupo, prestando assessoria jurídica, contábil, e ainda nas áreas de planejamento e engenharia da produção. "Na verdade, é uma série de fomentos, tanto técnicos quanto organizativos, para o crescimento desse empreendimento", explicou Guimarães. Segundo ele, o trabalho da incubadora é diferente do da assessoria pontual por ser "um trabalho continuado". Durante três anos, é dado o suporte às cooperativas.
Para ele, outro ponto relevante é que a vivência e convivência dos grupos majoritariamente de baixa renda com a universidade "trazem um retorno à educação de forma continuada e também uma legitimidade que muitas vezes é imprescindível como diferencial dessas cooperativas no mercado, pelo fato de serem assessorados pela Coppe e toda a carga positiva que a universidade propicia".
Até o momento, a incubadora da Coppe/UFRJ ajudou a montar cooperativas urbanas com base no trabalho centrado em favelas do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense. Em 2006, a incubadora vai trabalhar na formação de uma cooperativa rural no norte e noroeste fluminenses.
A Incubadora de Cooperativas Populares da Coppe é a responsável pela organização do IX Seminário Internacional da Rede Universitária das Américas em Estudos Cooperativos e Associativismo, aberto hoje no Centro de Tecnologia da UFRJ. O evento, que termina quarta-feira (5), conta com a participação de representantes de 15 países das Américas do Norte, Sul e Central.