Brasília - A TV Brasil-Canal Integración dá início, após a cobertura da 1ª Reunião de Chefes de Estado da Comunidade Sul-americana de Nações, a uma fase de transmissão experimental, veiculando uma programação diária de quatro horas. Filmes, documentários, programas educativos, musicais e jornalísticos de sete países sul-americanos (além dos relacionados aos parceiros brasileiros) vão refletir a diversidade e a pluralidade de temas, formatos e linguagens da América do Sul.
Além da intenção de fortalecer o processo de integração entre os países da região, a TV Brasil-Canal Integración nasce com o intuito de funcionar como uma janela de exibição da produção audiovisual na América do Sul, ao veicular produções tanto de entidades parceiras como de produtores independentes. Para tanto, foram firmados acordos de cooperação com instituições internacionais, tais como: Universidad Três de Febrero e Canal 7 (Argentina); TV Ciudad (Uruguai); Fundación Patrimônio Fílmico (Colômbia); Telesur (Venezuela); Asociación de Televisión Educativa Iberoamericana – Atei (Espanha); e com as brasileiras Amazonsat, Canal Futura e Memorial da América Latina. Outros acordos encontram-se em processo de andamento.
A TV Brasil-Canal Integración entrou experimentalmente no ar pela primeira vez entre 26 e 31 de janeiro de 2005, para fazer a cobertura do 5º Fórum Social Mundial, evento que reuniu mais 150 mil pessoas de 122 países na cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.
Na ocasião, uma equipe formada por profissionais da Radiobrás, TV Câmara, TV Senado e TV Justiça produziu uma média diária de 15 horas de programação, em espanhol, totalizando mais de 90 horas nos seis dias de encontro. Além de transmitir ao vivo as principais atividades do evento, a emissora gerou e exibiu um telejornal diário de 30 minutos (Brasil Notícias), 26 entrevistas e 15 debates.
Em maio, nos dias 9, 10 e 11, a TV Brasil entrou novamente no ar, também em caráter experimental, para transmitir a 1ª Cúpula América do S u l - Países Árabes, realizada em Brasília. Trinta e sete profissionais da Radiobrás, TV Câmara, TV Senado e TV Justiça foram deslocados para a fazer a cobertura do evento. Como destaques da programação, veiculada mais uma vez em espanhol, três debates, cinco séries de reportagens especiais sobre os países árabes e a América do Sul, um telejornal diário exibido ao vivo (Brasil Notícias) e 20 entrevistas exclusivas com ministros, embaixadores e secretários de governo dos países participantes.
Em ambas as ocasiões, por meio do satélite NSS – 806, a programação chegou a todos os países da América do Sul e parte da Europa. Nos Estados Unidos, a rede APTN retransmitiu o sinal da TV Brasil-Canal Integración para 500 emissoras de 180 países. O conteúdo produzido e veiculado pela TV Brasil foi usado e retransmitido pelas emissoras desses países, em canais de televisão aberta e por assinatura, tais como Caracol (Colômbia), Canal 7 (Argentina), VTV (Uruguai), Canal 13 (Chile), ITS (Bolívia), Telefuturo (Paraguai), Venezuelana de Television e Vive TV (Venezuela), Canal 7 – Estatal Peruano (Peru), e Ecuavision (Equador).
A idéia da TV Brasil-Canal Integración surgiu em 2003, após uma conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente do Senado, José Sarney, na qual foi sugerida a possibilidade de o país colocar no ar um canal internacional de televisão.
De volta ao Brasil, era preciso fazer funcionar as primeiras engrenagens do projeto. Por mais de um ano, um grupo de trabalho formado por representantes dos três poderes da República discutiu as bases de implementação da emissora. Esse grupo foi o embrião do Comitê Gestor, instituído por meio de um decreto assinado pelo presidente Lula em setembro de 2004. Formado por representantes da Radiobrás, Secretaria de Comunicação de Governo, Senado, Câmara dos Deputados, Itamaraty e Supremo Tribunal Federal, o Comitê é encarregado de operar o funcionamento editorial e administrativo da TV Brasil-Canal Integración.