Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio - A manutenção da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), em 9,75% ao ano, conforme decisão do Conselho Monetário Nacional, tem como conseqüência a continuidade do desestímulo ao setor produtivo. A análise é do diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Francine. "A atividade produtiva está sendo levada à determinação de testar o seu limite de resistência, o que é um esporte muito indesejado", afirma.
A TJLP é a taxa praticada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em suas operações de financiamento ao investimento produtivo no país. Francine diz que "o setor produtivo fica sem entender o porquê dessa atitude, que não vem nunca na direção correta dos seus interesses", no momento em que estão dadas todas as condições para diminuir essa taxa de financiamento de longo prazo.
A decisão se soma a outros desestímulos ao investimento por parte dos empresários brasileiros, avalia Francine, enumerando, entre eles, a elevada taxa básica de juros Selic e o câmbio flutuante, "que não flutua, só mergulha".
O Conselho Monetário Nacional (CMN) tomou hoje a decisão de manter a TJLP.