Federação pernambucana afirma que nova refinaria contribuirá para industrialização do estado

29/09/2005 - 15h52

Márcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil

Recife – O presidente da Federação da Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Jorge Corte Real, afirmou hoje (29) que a refinaria de petróleo a ser construída no estado pela Petrobras e a PDVSA, estatal petrolífera venezuelana, vai contribuir para impulsionar a economia do estado. Segundo ele, o empreendimento deverá elevar de 30% para 45% a participação do setor industrial no Produto Interno Bruto (PIB) do estado em função da geração de 10 mil empregos diretos e indiretos, nos próximos quatro anos.

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e, da Venezuela, Hugo Chávez, assinam hoje o acordo para a construção da refinaria, que deverá ser instalada na região de Suape. A previsão de investimento é de US$ 2,5 bilhões e cada empresa entrará com 50% do capital. Cerca de 230 mil postos de trabalho devem ser gerados em quatro anos, de acordo com nota do Palácio do Planalto.

Ele destacou que o empreendimento irá exigir mão-de-obra qualificada, que poderá ser capacitada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Social da Indústria (Sesi). A gerente de tecnologia do Senai, Ana Cristina Dias, informou que, para atender à demanda da refinaria, já estão sendo disponibilizados cursos específicos.

"A escola do Senai do Cabo de Santo Agostinho, na região metropolitana do Recife, está sendo ampliada e vai passar a atuar no setor de soldagem e de ensaios não destrutivos, que irão servir para os trabalhadores tanto da refinaria como do futuro pólo petroquímico". O pólo deverá ser instalado com a chegada do empreendimento, explicou.

A expectativa dos dirigentes da Federação das Indústrias é a de que, com a ampliação do número de empregos, haja uma mudança significativa no perfil sócio-econômico do Estado.