BC aposta em evolução do emprego e prevê saldo comercial maior

29/09/2005 - 16h51

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A evolução das operações de crédito bancário, no trimestre junho-agosto, aconteceu ao mesmo tempo em que se registrou redução da inadimplência nos contratos das pessoas físicas. Os números conformam um ambiente que confirma a recuperação do rendimento real e a queda da taxa de desemprego, como atesta o diretor de Política Econômica do Banco Central, Afonso Bevilaqua.

Ao divulgar hoje (29) o relatório trimestral de inflação, relativo ao período junho-agosto, ele disse que a taxa de desemprego recuou de 11,3% para 9,4%, comparada ao terceiro trimestre de 2004, em decorrência da criação de 1,3 milhão de postos de trabalho nos últimos 12 meses. Além disso, a massa salarial do período cresceu 9,1%, segundo ele.

Bevilaqua ressaltou que a redução da taxa de desemprego é real em todas as regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A tendência, no entender dele, é a oferta de empregos aumentar ainda mais nos próximos meses, em função da aceleração do ritmo de crescimento da economia.

O diretor afirmou ainda que a melhora no quadro de emprego é reflexo direto também da evolução da balança comercial (exportações menos importações). De acordo com reavaliação do BC, o país deve apresentar superávit (saldo positivo) de US$ 38 bilhões este ano, contra projeção de US$ 30 bilhões no relatório trimestral divulgado em junho. A estimativa é mais baixa que as previsões de US$ 40 bilhões, feitas pelos analistas financeiros e pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.