Procurador poderá arquivar inquérito de Severino, pedir à PF investigação ou torná-lo ação judicial

20/09/2005 - 17h06

Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O procurador geral da República Antonio Fernando de Souza está analisando o inquérito policial que investiga suposta extorsão feita pelo empresário Sebastião Buani ao presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE).

O procurador tem três opções: ele pode arquivar o inquérito, pedir mais diligências da Polícia Federal para investigar o caso ou concluir que houve um crime e oferecer denúncia para que o inquérito se torne um processo judicial. Qualquer decisão tomada pelo procurador deverá ser aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF) porque envolve Severino que tem foro privilegiado por ser parlamentar.

Com o surgimento de indícios de que Severino teria cobrado propina de Buani – e não o contrário –, o deputado, o empresário e a secretária de Severino, Gabriela Kênia Martins, passaram, então, à condição de investigados. Na última quarta-feira (14), Buani apresentou o cheque de R$ 7,5 mil que teria sido pago em 2002 a Severino (então primeiro-secretário da Câmara), para que ele renovasse a concessão do restaurante que fica no 10º andar da Câmara dos Deputados.

Segundo a Polícia Federal, a perícia do documento assinado por Severino autorizando a prorrogação do prazo de contrato do restaurante de Buani, Fiorella, ficará pronta ainda hoje (20).