Brasília, 20/9/2005 (Agência Brasil - ABr) - O Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal considerou "não conclusiva" a perícia no documento com assinatura do presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), que seria um contrato firmado com o empresário Sebastião Buani, "embora haja convergência de punho e autenticidade" na assinatura. Por se tratar de uma cópia, o Instituto informa que não pôde definir a veracidade do documento.
O laudo técnico foi anunciado há pouco pela Polícia Federal. O documento analisado seria, de acordo com Buani, um contrato firmado em 2002 para o pagamento de R$ 40 mil em troca da prorrogação, por três anos, da concessão do restaurante Fiorella na Câmara dos Deputados. Severino nega as acusações.
Ainda segundo Buani, que apresentou a cópia à Polícia Federal no dia 9, o documento foi redigido pelo deputado federal Luiz Gonzaga Patriota (PSB-PE) e o original teria ficado com Severino, mas a Câmara informou que não encontrou esse original. Somente na última quinta-feira (15) a Câmara enviou outros documentos originais, para comparação da assinatura do presidente, o que segundo a PF causou a demora no resultado da perícia.
O laudo técnico será encaminhado amanhã (21) ao Supremo Tribunal Federal, a fim de ser anexado ao inquérito que investiga a suposta extorsão do empresário ao presidente da Câmara dos Deputados.