Missão do Ministério do Desenvolvimento vai à China negociar barreira às exportações

20/09/2005 - 20h10

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Uma equipe do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior embarcou hoje (20) para Pequim, capital chinesa, onde vão iniciar negociações para que os chineses limitem as exportações para cá de produtos danosos a alguns setores industriais brasileiros.

A missão do Ministério é coordenada pelo secretário de Comércio Exterior, Armando Meziat, e a ela se juntaram também representantes de entidades como o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Associação Brasileira da Indústria de Brinquedos (Abrinq) e Associação Nacional das Indústrias de Pneumáticos (Anip).

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, se juntará ao grupo quarta-feira da semana que vem (dia 28) para encontros com ministros chineses do Comércio e do Planejamento, com o "objetivo de aprofundar as relações entre os dois países e retomar o diálogo comercial", de acordo com o secretário Meziat.

Segundo ele, a expectativa da viagem é a melhor possível. "Considerando que essa negociação entre os dois países é uma proposta do próprio governo chinês, tenho perspectiva otimista em relação aos resultados a serem alcançados por essa missão", que chegará a Pequim na quinta-feira (22), comentou.

A negociação técnica com os chineses começará logo no dia seguinte, no Ministério do Comércio, com vistas à auto-limitação, por parte dos chineses, de produtos como calçados e têxteis, cuja venda para o Brasil tiveram crescimento significativo. Os empresários que fazem parte da missão brasileira estenderão a discussão em encontros paralelos com representantes do empresariado local durante o fim de semana.

Sobre a regulamentação de salvaguardas específicas para a China, Armando Meziat lembrou que os processos são independentes e "correm em paralelo"; e assegurou: "Com ou sem a publicação dos decretos, as negociações com os chineses serão mantidas".