Michelle Canes
Da Agência Brasil
Brasília - A Corregedoria da Câmara dos Deputados recebeu, na tarde desta terça-feira, a defesa do deputado João Magno (PT-MG) relativa ao processo que corre contra ele por quebra de decoro parlamentar. Segundo Magno, ele não fez uso de recursos de campanha irregulares (o chamado "caixa 2"). O deputado diz também que é resposabilidade do PT identificar a origem do dinheiro repassado a ele com autorização da direção do partido.
De acordo com Magno, a defesa entregue hoje tem cerca de 200 páginas e traz todas as provas que comprovam o destino dos R$ 426 mil usados por ele. "Apresentei as notas autenticadas, comprovando a destinação dos recursos que recebi com a autorização de Delúbio Soares".
Magno afirma que a responsabilidade de mostrar a origem do dinheiro usado é do partido e não do candidato. "Nós fazemos a campanha, ficamos devendo e o tesoureiro promete que vai dar recursos. É o partido que tem que passar a origem pra gente. Eu aguardo os dados para completar a prestação de contas", disse.
A Corregedoria quer ouvir, ou receber por escrito, a defesa dos 16 deputados citados no relatório conjunto das comissões parlamentares mistas de inquérito dos Correios e da Compra de Votos até a próxima quinta-feira (22).