Brasília - Cem trabalhadores da fazenda Dom Augusto, nas proximidades de Palmas (TO), foram retirados de condições degradantes e semelhantes à escravidão pela fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego. O proprietário da fazenda, Alcides Rebechini, terá que pagar cerca de R$ 95 mil em indenizações trabalhistas.
O coordenador do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, Humberto Célio, informou que os trabalhadores dormiam em barracões de lona e alimentavam-se precariamente, além de estarem endividados com a cantina da fazenda, localizada a 40 quilômetros do centro da capital do estado. Ele disse que "a maioria dos flagrantes de trabalho escravo em Tocantins está concentrada no Norte do estado" e considerou "muita ousadia" a ocorrência "tão perto de Palmas".
A Polícia Federal vai instaurar inquérito para responsabilizar o proprietário da fazenda e o Ministério Público do Trabalho vai propor ação civil pública. Os trabalhadores têm direito a receber três parcelas do Seguro-Desemprego, no valor de R$ 300 cada uma.
Com informações do Ministério do Trabalho e Emprego