Decisão veio com atraso, diz nota da Fecomércio-SP sobre redução na taxa Selic

14/09/2005 - 21h05

Brasília - A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) divulgou nota comentando que as condições para a redução da taxa básica de juros da economia "já tinham sido dadas no segundo trimestre deste ano", embora só agora o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tenha definido a queda de 19,75% para 19,5% ao ano.

"A redução está calcada na realidade vista através da lógica dos membros do Banco Central , para quem apenas agora teriam surgido condições para a queda de juros. Por várias vezes, a Fecomércio se posicionou de forma a lembrar que os efeitos da política monetária são defasados e, agora, vêem-se números de inflação em queda, atividade industrial desacelerando e
emprego e salários comprimidos", diz a nota.

Ainda de acordo com a Federação, "os atuais números da inflação são extremamente favoráveis" e o "espaço criado para a queda de juros foi maior do que aquele que seria necessário para o cumprimento da meta de inflação, que per si justificaria ousadia maior do Banco Central. Além disso, o custo anual de 0,25 ponto percentual da Selic, em termos de dívida pública, é próximo a R$ 2,5 bilhões".