Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil

Porto Alegre - A direção regional da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) afirma que a paralisação dos servidores atinge apenas 5% da categoria no Rio Grande do Sul. Já o levantamento do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Estado (Sintec/RS) aponta em 70% a adesão à greve no estado.

Segundo o diretor de Comunicações da ECT, Romeu de Barros, todas as agências gaúchas estão abertas. "Na Agência Central, em Porto Alegre, apenas uma servidora não compareceu. No centro de Operações, que é por onde passam todas as correspondências da capital, somente nove dos 900 funcionários não apareceram para trabalhar esta manhã", informou.

Segundo ele, no interior do estado, as duas cidades com maior adesão à greve são Pelotas e Novo Hamburgo, onde 20% dos funcionários estão parados. Ainda hoje, os funcionários dos Correios realizarão assembléias em Passo Fundo, na região Norte e em Santa Cruz, no centro do Estado, onde a categoria espera levar a adesão para 90%.

De acordo com o secretário geral do Sintec/RS, João Carlos Farias, os carteiros reivindicam correções salariais: 47% de reposição relativos a perdas acumuladas de 1994 até julho de 2004; mais 6,6% de reajuste (ICV Dieese) correspondentes ao período de agosto de 2004 a julho deste ano; e um aumento real de 20%. "Há 11 anos estamos sem reajuste salarial, Nesse período, as perdas foram superiores a 62%", disse Farias, informando que o salário inicial dos funcionários é de R$ 448,00. Segundo o dirigente a categoria, pediu também a contratação de mais 800 trabalhadores no estado.

A greve, por tempo indeterminado, foi decidida em assembléia geral da categoria na terça-feira (13) em Porto Alegre.