Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A greve dos Correios iniciada na noite de ontem já atinge70% dos serviços essenciais da capital paulista e de algumas áreas do estado, na manhã de hoje (14), de acordo com Márcio Pereira, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos de São Paulo (Sintect-SP).
Os trabalhadores realizarão hoje à tarde uma nova assembléia no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Após a assembléia, prometem fazer passeata até a Praça Ramos no centro da capital.
Segundo Pereira, foram paralisados os envios de cartas, encomendas (Sedex), talões de cheques e cartões bancários e os serviços nos aeroportos internacionais, na região da capital, da grande São Paulo e zona postal de Sorocaba (que abrange 30 cidades ao seu redor).
De acordo com o diretor do Sintect, os funcionários reivindicam a contratação imediata de novos empregados, reposição salarial correspondente ao período de 1º de agosto de 2004 a 31 de junho de 2005, aumento real de 20%, reposição das perdas salariais de 47,17% ocorridas durante o governo passado, piso salarial de R$ 931,95 sem demissões, defesa do monopólio da empresa e o combate à corrupção nos Correios.
Os funcionários dos Correios julgaram insuficiente a contra-proposta apresentada pela empresa. "Para repor as perdas salariais, a empresa quer pagar 11% parcelado em seis meses. Ou seja, vão pagar 1,34% ao mês, de agosto a janeiro. Nós não aceitamos isso", disse o diretor.
A assessoria de imprensa dos Correios informou que há 19,300 mil funcionários na capital, na grande São Paulo e Baixada Santista, e que 28% (cerca de 5,4 mil funcionários) aderiram à greve. Esse número corresponde aos carteiros e funcionários da triagem na região da capital e da grande São Paulo. O atendimento ao público continua sendo prestado. Em Santos, segundo os Correios, tanto o atendimento quanto a distribuição continuam normais.