Brasília – O Conselho de Segurança é o órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) que discute e decide sobre assuntos relacionados aos conflitos armados e à segurança do mundo. A atual composição do conselho é a mesma da época em que foi criado. Ou seja, uma herança do cenário mundial logo após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Apenas membros permanentes têm direito a veto e voto: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia. Os outros países não possuem direito a veto sobre as resoluções apresentadas no conselho. A proposta de ampliação de reforma da ONU pressupõe alterações no conselho. Para isso, quatro países (Alemanha, Brasil, Índia e Japão) que reivindicam maior participação no foro criaram o G 4.
O grupo apresentou uma proposta de ampliar, de 15 para 25, o número de membros permanentes e temporárias. Seis dos novos teriam cadeiras permanentes. O G 4 já declarou que reitera a visão de que o Conselho de Segurança deve ser reformado para representar as realidades globais atuais, e não a do mundo de 60 anos atrás.
O projeto do G 4 sugere ainda que os integrantes permanentes tenha um representante da América, outro da Europa, dois da Ásia e dois da África. Na proposta, o grupo renuncia por 15 anos o direito de que seus votos tenham o poder de veto. Depois disso uma nova rodada de negociações seria aberta para decidir se os novos países teriam ou não esse poder. O veto de apenas um dos membros permanentes pode fazer com que a decisão não seja aprovada pelo Conselho de Segurança.
O grupo composto por Brasil, Japão, Alemanha e Índia ainda negociou com a União Africana uma proposta comum para o Conselho. Para a reforma ser aprovada é preciso o aval de dois terços dos países da Assembléia da ONU, ou seja, 128 votos.