Paulo Montoia e Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, afirmou hoje (13) que "a impunidade não combina com a democracia e isto significa que há que se provar a culpa". A ministra fez a declaração após ser questionada sobre a posição do governo em relação às acusações contra o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti.
"Em que pese não termos sido apoiadores de Severino Cavalcanti há um fato que fundamentou sua ida para a presidência (da Câmara), nós o respeitamos como tal, seja ele ou qualquer outro brasileiro", afirmou. "A presunção é de inocência. A culpa para cada um dos cidadãos brasileiros há que ser provada para então serem exercidas as punições", declarou.
Dilma falou aos jornalistas pouco antes de participar de mesa de debates na segunda e última jornada do fórum de economia, promovido pela Fundação Getúlio Vargas, no Hotel Renaissance, em São Paulo.
De acordo com a ministra, o governo é a favor da apuração de responsabilidade tanto no que se refere a membros da alta hierarquia da República quanto a qualquer outro cidadão.
Questionada sobre o mesmo caso ontem (12), em Diamantina (MG), a ministra Dilma Roussef já havia destacado a separação entre os poderes Executivo e Legislativo no que se refere às apurações e investigações em andamento no Congresso e a necessidade, na democracia, de serem provadas as acusações antes da aplicação de punições.