Cristina Índio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio - O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) do primeiro decêndio (dez dias) de setembro apresentou variação negativa de 0,56%. O resultado divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) é mais baixo que o registrado no mesmo período de agosto (-0,36%). O cálculo do primeiro decêndio é feito sobre os preços praticados entre os dias 21 e 30 do mês anterior ao de referência, que neste caso é setembro.
Os três componentes do IGP-M tiveram quedas. No Índice de Preços por Atacado (IPA) no primeiro decêndio de setembro houve variação de -0,73%, enquanto em agosto tinha sido de -0,48%. Entre os estágios de produção, os Bens Finais registraram desaceleração se comparado ao período do mês anterior (-0,28% para -1,18%), causada pela queda acentuada nos preços dos alimentos in natura, que passaram de -2,94% para -9,52%.
O mesmo aconteceu na taxa das Matérias-Primas Brutas que saiu de -0,77% para -1,45%, favorecida pelas quedas no leite in natura, soja e milho. O único estágio do IPA a apresentar elevação foi o dos Bens Intermediários que passou -0,47% em para -0,06%. A alta foi provocada pelo subgrupo materiais para a manufatura (-1,35% para -0,50%).
No Índice de Preços ao Consumidor (IPC) houve desaceleração de 0,14 ponto percentual. As maiores contribuições partiram dos grupos Alimentação (queda de 0,47 ponto percentual), causada pelo recuo nos preços das hortaliças e legumes e Transportes(queda de 0,36 ponto percentual) favorecida pela redução de preços nos combustíveis e lubrificantes.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve ligeira variação passando de -0,04% para -0,05% em conseqüência da elevação na taxa de Materiais e Serviços (-0,09% para -0,07%). No item Mão-de-Obra pelo segundo mês consecutivo não houve variação, isso porque não estão ocorrendo reajustes salariais nesses períodos.
O IGP-M foi criado com o objetivo de ser um indicador confiável para as operações financeiras, especialmente as de longo prazo, sendo utilizado para correções de Notas do Tesouro Nacional (NTN) e para os CDBs (investimentos) pós-fixados com prazos acima de um ano.