Reserva extrativista do Rio Unini será criada em até quatro meses, avalia coordenador do Ibama

31/08/2005 - 14h26

Thaís Brianezi
Repórter da Agência Brasil

Manaus - A reserva extrativista do Rio Unini deve ser criada em um prazo máximo de quatro meses, estima o coordenador regional do Centro Nacional de Populações Tradicionais (CNPT) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Leonardo Pacheco. "Isso em um cenário pessimista, porque acredito que o processo já esteja no Ministério do Meio Ambiente", disse. Do ministério, o projeto deve seguir para a Casa Civil, para então ser assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Essas reservas são unidades de uso sustentável, que permitem a existência de moradores e o uso econômico regulado de seus recursos naturais. A unidade do Rio Unini deverá ter uma área de 870 mil hectares ao lado do Parque Nacional do Jaú, em Barcelos, no Amazonas. Ao longo do Rio Unini, que estabelece o limite entre essas duas unidades de conservação, vivem aproximadamente 160 famílias, divididas em dez comunidades.

A criação dessa unidade, uma reivindicação antiga da Associação de Moradores do rio Unini (Amoru), foi decidida em consulta pública realizada no dia 15 de maio. A luta pela formação da reserva surgiu da resistência dos moradores do Parque Nacional do Jaú, uma unidade de proteção criada em 1980, com 2,27 milhões de hectares, nos municípios de Barcelos e Novo Airão, no Amazonas.

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