Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os R$ 50 milhões do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), aprovados para o Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) no dia 1º de agosto, serão aplicados também em operações de custeio da lavoura cafeeira de pequenos produtores, de acordo com a decisão de hoje (31) do Conselho Monetário Nacional (CMN). Antes, os recursos só poderiam ser usados no financiamento da colheita e da estocagem do café.
Outra decisão do conselho relativa ao café foi a substituição do preço mínimo pelo preço de mercado, com base na cotação da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz e Bolsa Mercantil de Futuros (Esalq/BM&F), para o cálculo do financiamento a ser concedido para a estocagem do produto. O limite para o financiamento será de 70% do valor do produto dado como garantia para o empréstimo.
Hoje, o preço mínimo da saca do café está cotado em R$ 157. Segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin, o produtor será beneficiado porque o valor do financiamento será maior. "Antes, o financiamento tinha como base o preço mínimo, sempre abaixo do mercado. Agora, com o preço de mercado, o cafeicultor terá um limite maior", disse.