Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Pouco antes de falar à imprensa sobre o projeto de lei orçamentária para 2006, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que foi questionado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre os motivos pelos quais o governo tem mantido o superávit primário acima da meta de 4,25% do Produto Interno Bruto – nos últimos meses a média tem sido de 5%. Todos os anos, o governo federal tem feito um ajuste fiscal, gastando menos do que arrecada. Esse saldo, sem considerar o gasto com juros, é chamado de superávit primário.
"Garanti a ele que, por um lado, temos despesas maiores no segundo semestre e, por outro, realmente o governo também concorda que precisamos acelerar a execução (do orçamento de 2005), especialmente em investimentos em infra-estrutura", disse Bernardo. "E vamos fazer isso a partir de agora".
Há cerca de 15 dias, o governo liberou R$ 1 bilhão para gastos públicos e investimentos neste ano. Metade do valor, R$ 500 milhões, já estava prevista no relatório enviado ao Congresso em junho. A medida foi anunciada no dia 16 de julho em entrevista coletiva pelo ministro Paulo Bernardo. O ministro afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem cobrado dos ministérios desde o começo do ano a execução dos projetos previstos para 2005.