Para industriais paulistas, crescimento do PIB ''não gera euforia"

31/08/2005 - 20h11

São Paulo, 31/8/2005 (Agência Brasil - ABr) - O crescimento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano, anunciado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), "está de acordo com as expectativas dos agentes econômicos" e não causa "maior euforia". A avaliação está em nota divulgada pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), assinada pelo diretor da área econômica, o empresário Boris Tabacof.

"Esse número foi fortemente influenciado pelo desempenho da indústria, que no mesmo período cresceu 3,0%, contra -0,8% no primeiro semestre. O resultado da indústria pode ser explicado pelo aumento das vendas dos bens de consumo durável e da expansão dos investimentos no período, representado pelo aumento da produção dos bens de capital. O aumento das exportações e a forte expansão do crédito corroboram para o resultado da indústria. Cabe salientar, no entanto, que não há, do ponto de vista dos industriais, maior euforia com o resultado apresentado, já que o crescimento da produção industrial em 2005 ficará abaixo daquele observado em 2004", diz o texto.

Ainda de acordo com a nota, "a permanência dos juros reais elevados, os mais altos do mundo, e a manutenção do câmbio valorizado, levaram ao crescimento observado, infelizmente muito abaixo da média dos países emergentes e do próprio crescimento mundial".