Ministério da Justiça lança site Clique-Denúncia para crimes de pirataria

31/08/2005 - 16h15

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP), do Ministério da Justiça, lançou hoje (31) o Clique-Denúncia para crimes de pirataria. Qualquer pessoa interessada em fazer denúncias sobre essa atividade ilegal poderá acessar o site do conselho www.mj.gov.br/combatepirataria e acessar o ícone Clique Denúncia, à direita na tela.

"Através desse Clique-Denúncias, vamos ter condições de encaminhar as denúncias para um grupo que está sendo formado entre Receita Federal, Polícia Rodoviária Federal e Receita Federal para investigações, para detecção dessas fraudes, para desmantelamento dessas quadrilhas que estão atuando no Brasil", disse o secretário-executivo do Ministério da Justiça e presidente do conselho, Luiz Paulo Barreto. O denunciante não precisa se identificar.

Segundo o secretário-executivo do CNCP, Márcio Gonçalves, a previsão é que até o final do ano seja criado um telefone 0800 para o recebimento das denúncias. "Acho que 10% ou 12% da população têm acesso à internet. Então, para que a gente democratize muito mais esse espaço de denúncias, a gente vai instalar um 0800".

Na avaliação de Gonçalves, a população está cada vez mais envolvida com o tema e interessada em combater a pirataria. O presidente do conselho também notou essa mudança. "É impressionante como em seis meses a gente sente essa diferença. No primeiro momento, muita gente via o camelô como um a pessoa que fazia benefício à sociedade, a sociedade via a pirataria como alternativa econômica. E hoje não, já há uma percepção clara da sociedade de que pirataria é crime e de que quem opera a pirataria é o crime organizado".

De acordo com Barreto, entre as ações de combate a essa atividade ilegal está a conscientização da sociedade. "A gente espera conter a demanda aos produtos piratas, porque o combate à oferta desses produtos por meio da Polícia Federal, Receita Federal e Polícia Rodoviária já está muito intenso. O que queremos agora é combater a demanda desses produtos, conscientizando o consumidor e criando alternativas econômicas para que eles possam comprar os produtos que desejam, com linhas populares, por exemplo, que a indústria está disposta a lançar".