Em Fórum de Micro Empresas, Furlan anuncia medidas para setor

31/08/2005 - 20h27

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte reuniu-se hoje (31) para discutir políticas para o setor. Presente à abertura do debate, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, fez alguns anúncios.

Furlan assinou uma portaria interministerial entre os Ministérios do Desenvolvimento e o da Ciência e Tecnologia que instituiu o PROGEX - programa nacional que pretende ampliar a capacidade de exportação por meio da adequação técnica dos produtos para atender a mercados específicos. Segundo Furlan, já existem em todo o país 11 institutos que trabalham no projeto, regularizados agora por meio da assinatura da portaria.

O ministro também fechou um acordo com a Caixa Econômica Federal para capacitar agentes de comércio exterior e empresários. A meta do convênio é capacitar, em até três anos, 60 formadores de agentes, três mil agentes de comércio exterior e três mil empresários de micro e pequenas empresas com interesse em exportação.

A diretora do Departamento de Micro, Pequenas e Médias Empresas do Ministério do Desenvolvimento, Cândida Cervieri, explicou que as medidas poderão facilitar a vida dos empresários brasileiros. "As duas medidas tendem a facilitar a vida do micro, pequeno e médio empresário na medida em que quando você capacita os agentes financeiros, você começa a abrir caminhos preparando-os, abrindo as barreiras que eles encontram na hora de exportar", afirma Cândida.

De acordo com a diretora do Ministério, o ministro Furlan também vai encaminhar ao ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, uma proposta para eliminar as restrições a operações de crédito específicas para capital de giro de microempresas e empresas de pequeno porte com recursos dos fundos constitucionais de financiamento, que são geridos pelo ministério da Integração Nacional.

Segundo ela, se a medida for aprovada os pequenos e microempresários vão poder ter mais dinheiro para investir nas empresas. "Uma das questões que faz com que as microempresas não consigam sobreviver ao quarto ano de vida é falta de capital de giro. Uma pesquisa feita pelo Sebrae mostra que 74% dos microempresários do país utilizam a sua poupança para investir na sua empresa. Ao mesmo tempo em que você elimina as restrições a operações de crédito específicas para capital de giro isso de certa forma beneficia o micro e pequeno empresário", afirmou.