Economista destaca resultado positivo do PIB, apesar da política monetária apertada

31/08/2005 - 19h25

Rio, 31/8/2005 (Agência Brasil - ABr) - O crescimento de 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre deste ano foi muito positivo, considerando-se a política monetária apertada. A avaliação foi feita hoje pela chefe da Assessoria de Pesquisas Econômicas da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Luciana Marques de Sá.

A economista ressaltou que a "boa notícia", divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), diz respeito ao aumento do investimento. "Foi algo que deve ser comemorado, e reflete, de alguma forma, o que a gente já vinha percebendo aqui: que as empresas, na hora de investir, olham mais o cenário de longo prazo do que problemas conjunturais. Então, mostra otimismo com o futuro do país e reflete uma solidez maior dos fundamentos da nossa economia", afirmou. O crescimento da indústria atingiu 3%, contra 1,1% da agricultura e 1,2% de serviços.

Segundo a economista, a crise política provocou uma certa desaceleração no crescimento econômico. "É um crescimento menos intenso do que no ano passado", disse ela. "Juntando os dados preliminares, vamos continuar a ter um bom desempenho no terceiro trimestre, e também os dados de investimento tendem a mostrar continuidade, ajudando a segurar o período", afirmou Luciana de Sá.

Ela disse que, com o resultado do semestre, pode-se esperar crescimento do PIB da ordem de 3,5% este ano, dentro das projeções feitas pelo governo federal. Luciana de Sá explicou que "fica difícil ter um crescimento muito mais significativo". Apesar disso, ela disse que o número deve ser comemorado. "Com uma política monetária tão apertada como se teve este ano, um crescimento de 3,5% está maravilhoso", afirmou.