Aécio Amado
Repórter da Agência Brasil

Rio - A confiança do consumidor caiu pelo terceiro mês consecutivo. A constatação é da 21ª edição da Sondagem de Expectativas do Consumidor, divulgada hoje em nota da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foram ouvidos 1.438 chefes de famílias entre os dias 1º e 22 de agosto, em 12 das principais capitais do país.

"A proporção dos que acreditam em melhora da situação econômica da família nos próximos seis meses reduziu-se de 52,1% para 46,7%, de julho para agosto, e elevou-se de 6,2% para 7,0% a parcela dos que prevêem piora", diz a nota.

De acordo com a pesquisa, a redução do crescimento econômico e a crise política estão entre os principais fatores de diminuição no percentual de confiança do consumidor. O único quesito da pesquisa que não mostrou resultado negativo foi o de endividamento dos consumidores.

Na comparação de receitas e despesas, a parcela dos que se dizem endividados, que em julho era de 30,4%, caiu para 28,3% em agosto. Mas o percentual dos que disseram que sobrou dinheiro no fim do mês ficou em 12,3%, o menor resultado da série histórica, iniciada em outubro de 2002.

Com periodicidade trimestral até julho de 2004 e mensal desde então - a Sondagem de Expectativas do Consumidor capta, ao longo do tempo, o sentimento do consumidor a respeito de temas como a situação econômica atual e futura do país e da família, mercado de trabalho, consumo de bens duráveis e preços.