Atividade industrial caiu 2,7% no mês de julho em São Paulo, informa Fiesp

31/08/2005 - 19h35

Érica Sato
Da Agência Brasil

São Paulo – A atividade industrial registrou queda de 2,7% no mês de julho em comparação com junho deste ano, e a redução se deu em todos os setores de produção. A informação foi divulgada hoje (31) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). No acumulado dos primeiros sete meses, a atividade industrial paulista continua a registrar crescimento positivo de 3,9% em comparação com o mesmo período do ano passado.

A queda foi indicada pelo Índice de Atividade Industrial (INA), calculado pelas duas entidades. O levantamento também indicou redução no uso da capacidade instalada das indústrias do estado, à exceção de cinco dos 18 setores: Coque, Refino de Petróleo Combustível, Nuclear e Produção de Álcool; Produtos Minerais Não-metálicos; Máquinas e Equipamentos; Equipamentos de Escritório e Informática, e Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos. Estes setores apresentaram ligeiro aumento, entre 0,1% e 1,4%, em relação ao mês de junho.

Durante a entrevista em que foi divulgado o levantamento, os diretores da Fiesp, Paulo Francini, e do Ciesp, Boris Tabacof, destacaram a queda de produção nos setores têxtil (-3,1%), de produtos químicos, petroquímicos e farmacêuticos (3,0%) e de veículos automotores (-3,5%).

Tanto o diretor da Fiesp, Paulo Francini, quanto o do Ciesp, Boris Tabacof, afirmaram que a redução de 2,7% é muito pequena para afirmar que seja o início de um ciclo de "queda na produção", pois está dentro das margens de variação habituais, e o mês de julho não é adequado para essa análise. "Essas oscilações são naturais, e você está oscilando em torno de uma linha de estabilidade", disse Francini.

Ele afirmou que "essa estabilidade não surpreende, por significar falta absoluta de dinamismo neste momento na atividade industrial". Francini e Tabacof consideram "medíocre" esse crescimento, que seria resultado das políticas monetárias adotadas pelo governo. Nesse sentido, Francini destacou que o indicador de crescimento para sete meses, de 3,9%, está afinado com o crescimento de 3,4% registrado no semestre pelo IBGE.