Servidores da educação protestam por plano de carreira e reajuste salarial

30/08/2005 - 14h20

Michèlle Canes
Da Agência Brasil

Brasília - Funcionários públicos da área de educação promoveram hoje (30), em frente ao prédio do Ministério da Educação, na Esplanada dos Ministérios, uma manifestação para exigir a adoção de um plano de carreira para a categoria. Os servidores, que trabalham no próprio ministério, no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), também pedem reajuste salarial.

A psicóloga aposentada Ana Maria Lambert, que participou do protesto, disse que a luta dos servidores por um plano de carreira é antiga. "Nós hoje decidimos por uma paralisação relâmpago, porque estamos há 20 anos pleiteando um plano de carreira", afirmou. "Os nossos salários estão defasados", afirmou a psicóloga.

Os manifestantes também criticam o alto número de funcionários terceirizados (contratados por empresas prestadoras de serviço) nos órgãos que administram a política de educação do Governo Federal. A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Distrito Federal ( Sindsep-DF), Marta Ferreira Alves, afirma que o número de terceirizados chega a 75% dos funcionários desses órgãos.

"Isso é muito grave, porque a gente perde a história da educação no país. As pessoas vêm e depois levam embora todo o trabalho executado e, por isso, a educação não tem continuidade" afirmou a sindicalista. "Se a educação é um todo, e o plano de carreira é um tipo de valorização, então nós, servidores do MEC, Inep e FNDE, também queremos estar dentro dessa valorização, até porque vestimos a camisa de que a educação é prioridade para qualquer país crescer".