Rio de Janeiro é exemplo de qualidade em cursos à distância, diz Haddad

30/08/2005 - 13h29

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O estado do Rio de Janeiro é um exemplo, segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, de que "se a educação à distância for levada a sério", pode produzir resultados equivalentes à educação presencial. "A educação à distância – é bom que se frise – nunca pode dispensar a atuação do professor. Ela sempre tem que contar com uma parte presencial, principalmente no que diz respeito à avaliação do desempenho do aluno", salientou Haddad, ao apresentar os principais pontos do decreto que regulamenta o ensino à distância no Brasil.

Para o ministro, os cursos nessa modalidade são uma forma de levar o ensino, principalmente o superior, a brasileiros que hoje não têm acesso à educação. "O aluno tem acesso a todo o material didático, às melhores técnicas pedagógicas, a bons professores e estará submetido às mesmas regras de avaliação de desempenho que o aluno presencial. E tudo isso, combinado com a seriedade, possibilita pensar na educação à distância como uma modalidade adicional que pode permitir aos jovens que não tenham acesso - principalmente os de regiões mais remotas, onde é difícil chegar com a educação superior presencial - consigam concluir a sua formação acadêmica".

Na avaliação do ministro, o decreto que regulamenta o ensino à distância no país permitirá a redução das desigualdades regionais. "O decreto está muito equilibrado, vai permitir a utilização desse instrumento para levar a educação superior, principalmente, às regiões onde ela não está acessível. Isso ajuda a fixar o aluno na sua cidade, a desenvolver a sua região, acumulando conhecimentos e direcionando esses conhecimentos para os pólos de desenvolvimento regional. Isso ajuda o país a se desenvolver de maneira mais simétrica".

O texto trata do credenciamento de instituições para oferta de cursos ou programas, na modalidade à distância, para educação básica de jovens e adultos, educação profissional de nível médio e educação superior. O decreto deve ser encaminhado ainda hoje (30) à Casa Civil, para depois ser assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.