Danielle Coimbra
Da Agência Brasil

Brasília - Desde outubro do ano passado, quando o Ministério do Trabalho e Emprego reduziu a barreira de investimento da pessoa física estrangeira, os investimentos cresceram quase duas vezes e meia, e a maior parte deles se destina ao setor turístico. De acordo com o coordenador Geral de Imigração do ministério, Paulo Sérgio, os valores passaram de US$ 17 milhões para cerca de US$ 42 milhões.

"Esse investimento é produtivo, na constituição de uma empresa que vai gerar emprego, trabalho, renda. E ele investe, traz esse recurso do exterior para o país via Banco Central, integraliza esse recurso com o capital social de uma empresa aqui no país, e com isso a gente está gerando uma quantidade grande de novos postos de trabalho", afirmou.

Segundo o coordenador, já são 320 pessoas físicas estrangeiras autorizadas a investir no país, sendo que cada uma delas gera no mínimo 10 empregos. O estado que mais recebe recursos vindos de estrangeiros é o Rio Grande do Norte, com uma movimentação de US$ 10 milhões. "Em 2005, o maior volume de recursos investidos foi no Nordeste, principalmente no setor turístico. Muitas vezes são estrangeiros que vêm ao país, interessam-se e querem abrir uma pousada, um restaurante, um negócio ligado ao entretenimento, ao turismo", informou.

Segundo o secretário de Turismo do estado, Nelson Freire, no primeiro semestre o turismo nacional no estado cresceu em torno de 20%, em relação a igual período do ano passado, enquanto o turismo estrangeiro cresceu mais de 50%. "O estrangeiro investe, gera emprego e renda, injeta moedas fortes na economia local, como o euro e o dólar", afirmou, acrescentando que o Rio Grande do Norte gerou cerca de 120 mil empregos diretos no período e movimentou em torno de US$ 416 milhões.

A Bahia é o segundo estado brasileiro a receber mais recursos de estrangeiros, com US$ 7,6 milhões, seguida por São Paulo, Ceará e o Rio de Janeiro.