Brasília - A regulamentação das cooperativas de trabalho é tema de seminário que a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural promove hoje (30), às 14 horas, no plenário 6 da Câmara. Durante o encontro, dirigentes de cooperativas, parlamentares e trabalhadores vão discutir como o cooperativismo de trabalho pode contribuir com a geração de trabalho e com a distribuição eqüitativa de renda entre a população.
De acordo com a representante da Organização de Cooperativas Brasileiras (OCB), Rozani Holler, existem vários obstáculos de ordem política e legal que têm dificultado a atuação das cooperativas de trabalho, entre eles a ausência de legislação própria. Ela ressaltou que o cooperativismo não é alternativa à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e por isso não pode ser encarado como o fim dos direitos trabalhistas. Trata-se de uma forma de combater o desemprego, abrindo oportunidades de trabalho por meio do estímulo ao empreendedorismo.
Segundo dados da OCB, o cooperativismo de trabalho cresceu 30% nos últimos três anos. Existem hoje no Brasil 1.894 cooperativas e 346 mil cooperados. Para Rozani, o principal desafio é esclarecer à sociedade o que realmente o cooperativismo pode fazer para a nação.