Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio – O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, voltou a afirmar nesta segunda-feira que a estatal trabalha com os preços dos seus derivados alinhados com o mercado internacional. Segundo ele, este alinhamento, no entanto, leva em conta a média anual de preços e não a oscilação de determinados períodos, como a atual, onde o preço do barril de petróleo encontra-se na casa dos US$ 65.
"Nossos preços encontram-se alinhados com os do exterior, tanto que em nosso Plano de Negócios agora aprovado pelo Conselho de Administração, estimamos obter uma geração de caixa própria na ordem de US$ 58,9 bilhões, recursos suficientes para cobrir todo o Plano de Investimentos", afirmou hoje ao anunciar o Plano de Negócios para os próximos cinco anos.
Apesar da forte alta do preço do barril de petróleo em dólar, Gabrielli garantiu que está política de alinhamento será mantida e o parâmetro continuará sendo o da média anual de preços. "Nossos preços são parametrizados com os internacionais. Não passaremos a variação diária internacional ao mercado interno. Hoje você tem no mundo um aumento no refino e na exploração e uma intensa atividade de exploração e produção. Se tudo ficar normal, a tendência é de queda, porque os elementos de oscilação de preços que eu mencionei são de curto prazo".
Ao falar dos investimentos de US$ 56,4 bilhões até 2010, previstos no Plano de Negócios, uma média de US$ 11,3 bilhões por ano, Gabrielli destacou o fato de que 87% destes investimentos (US$ 49,3 bilhões) serão utilizados no Brasil e 13% (US$ 7,1 bilhões), no exterior. Deste total, 82% serão aplicados nas áreas Focos: América Latina, Oeste da África e Golfo do México.
O Plano tomou como premissa fundamental, segundo a Petrobras, o posicionamento já definido no Plano Estratégico Petrobras 2015, aprovado em maio de 2004. Há, no entanto, um incremento de US$ 22 bilhões nos investimentos, em relação ao plano anterior para o mesmo período, que era de US$ 34,5 bilhões.
A Petrobras também informou que cerca de 65% dos investimentos relacionados aos projetos no país serão colocados no mercado fornecedor nacional, resultando em uma média de US$ 6,4 bilhões/ano. Com isto, a Petrobras demandará, em média no Brasil no período 2006-2010 cerca de 419 mil empregos – dos quais 160 mil diretos.