Lupi Martins
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - Em ação conjunta com o Departamento de Investigação Criminal da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, a Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado da Superintendência da Polícia Federal desencadeou, na manhã de hoje (22) a Operação Serraluz, que resultou em 22 prisões. Os policiais tinham 34 mandados de prisão e 54 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Porto Alegre/RS.
Com o apoio da Brigada Militar, a operação foi desencadeada simultaneamente em Porto Alegre outros 15 municípios gaúchos : São Leopoldo, Novo Hamburgo, Alvorada, Gravataí, São Sebastião do Caí, Farroupilha, Bento Gonçalves, Caxias, Estrela, Lajeado, Uruguaiana, Quarai, Dom Pedrito e Faxinal Soturno. As ações envolveram 460 policias federais, civis e militares.
As atividades da organização criminosa incluíam crimes de latrocínio, tráfico internacional de armas, furto de explosivos e munição, assaltos a residências, a carros fortes, a instituições bancárias e comerciais, roubo de carga, além de corrupção e lavagem de dinheiro. Um policial civil levou dois tiros durante a operção e está sendo atendido no Hospital Cristo Redentor.
Segundo o Delegado da PF, Ildo Gasparetto, que chefiou a operação, a investigação foi iniciada em outubro de 2004 e, no mês de junho deste ano levou à prisão Paulo Sergio de Oliveira Barros, o Careca. Ele foi detido no dia 26 de junho, em Lages (SC), quando tentava receptar cocaína vinda do Paraguai para ser revendida na grande Porto Alegre. Junto com ele foram presos João de Farias, o Apucarana, e Aparecido Antonio Aparecido Pinto, o Cido.
No desdobramento das investigações, a polícia descobriu que a quadrilha tinha outros membros que cometiam uma série de delitos com a finalidade de angariar fundos para serem investidos no tráfico internacional e local de drogas, principalmente na região serrana, na fronteira e na grande Porto Alegre.
Segundo Gasparetto, foram encontrados com a quadrilha fuzis tipo FAL, AK-47, pistolas 9 milímetros e outros armamentos de uso exclusivo das Forças Armadas. O grupo tinha grande poder de mobilidade, dentro e fora do território nacional, suporte financeiro e agenciamento de servidores públicos, o que facilitava a concretização de crimes em diferentes regiões do país. Dentre os presos estão servidores públicos e ex-presidiários, que serão recolhidos ao Presídio Central de Porto Alegre.
Com informações da Polícia Federal no Rio Grande do Sul.