Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio – A implementação de um programa consistente para ampliar vagas no sistema público e a melhoria do ensino do nível básico e médio estão entre as alternativas para democratizar as universidades públicas. O consenso saiu hoje (22) de uma reunião dos reitores das quatro universidades públicas federais do Rio de Janeiro – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Eles reuniram-se hoje (22) para discutir dificuldades orçamentárias das instituições.
Para Cícero Mauro Rodrigues, da UFF, o governo precisa apontar políticas corretas de melhoria e ampliação do ensino sem interferir nas peculiaridades dos métodos de cada universidade. Ele ressalta que embora a política de cotas não seja aplicada na Universidade Federal Fluminense, há alternativas de trabalho junto a minorias implementadas com sucesso.
"Mais de 1/3 dos nossos alunos estudam no turno da noite. Além disso, nós fomentamos a interiorização do ensino, levando a universidade a 15 municípios. Essas iniciativas permitem que jovens que precisam trabalhar durante o dia ou que não poderiam vir ao Rio ou a Niterói para estudar possam fazer um curso superior federal", afirma.
"Apenas 2% de jovens brasileiros estão nas escolas públicas de ensino superior. Com a existência de uma reserva de 40% das vagas, apenas 0,8% da população entre 18 e 24 anos seria beneficiada. Isso é muito pouco", diz Aloísio Teixeira, da UFRJ, referindo-se à proposta enviada pelo Ministério da Educação ao Congresso Nacional.