Campanha contra a aftosa deve chegar à Ilha de Marajó na terça-feira

14/08/2005 - 10h08

Brasília - A Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) prevê para a próxima terça-feira (16) o início da terceira etapa do Projeto Brasil Livre de Aftosa, que será executada na Ilha de Marajó até 3 de setembro. Uma equipe de quatro veterinários e dois agrônomos da Adepará, um veterinário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e outro da Federação da Agricultura do Estado do Pará deve visitar os 16 municípios da ilha e sedes de comunidades para conscientizar a população, produtores rurais e estudantes sobre a importância da vacinação, única maneira de evitar a aftosa.

Localizado na foz do Rio Amazonas, Marajó é o maior arquipélago marítimo-fluvial do planeta e tem um rebanho de quase 430 mil bovinos e bubalinos.

Segundo a coordenadora do Núcleo de Educação Sanitária da Adepará, Maria Antonieta Priante, o trabalho envolverá a utilização de um barco e veículos para deslocamento das equipes. "Faremos um seminário em cada município e no mínimo quatro palestras por dia para alunos de escolas públicas do ensino fundamental e médio", diz Priante.

Nessas palestras serão explicados os riscos da doença para os animais, para o homem e para a economia do país, os sintomas mais comuns da aftosa e os cuidados no manejo do rebanho.

O projeto, lançado oficialmente pelo ministro Roberto Rodrigues em novembro de 2004, cobriu, na primeira etapa, três municípios do estado: Santarém, Oriximiná e Monte Alegre, onde, em junho do ano passado, ocorreu o foco de aftosa que acabou provocando a suspensão das importações de carne brasileira pela Rússia. O projeto foi retomado em abril e maio de 2005, cobrindo os 15 municípios que compõem as regiões do Baixo e Médio Amazonas, ainda consideradas de alto risco para aftosa.

A bordo do barco-escola Boto Tucuxi, a equipe do projeto viajou mais de 150 horas pelos rios da Amazônia, levando educação sanitária a mais de 4.200 pessoas.

Com um rebanho superior a 17 milhões de cabeças, o estado do Pará quer melhorar seu status sanitário, passando de alto para médio risco. Para tanto, as autoridades sanitárias e o Ministério da Agricultura vêm investindo em campanhas de conscientização e vacinação.

As informações são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento