Brasília - O programa Brasil Alfabetizado recebe até hoje (14) os projetos de alfabetização das organizações não-governamentais (ONGs) e instituições de ensino superior interessadas em participar do programa este ano. Com recursos de R$ 220 milhões, a meta do Ministério da Educação (MEC) é atender 2,2 milhões de jovens e adultos.
Mais de mil prefeituras e 21 estados já enviaram declarações de compromisso para participar do programa, que conta com mais de 1,4 milhão de participantes. Agora é a vez de ONGs e universidades, para quem o MEC reservou 30% das 2,2 milhões de vagas disponíveis para o programa este ano. Com a meta de atender a todos os 5.563 municípios brasileiros, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, responsável pelo programa, estabeleceu uma meta para cada município, baseada nos dados do último Censo do IBGE, de 2000.
"A alfabetização é a porta de entrada no mundo dos estudos, mas depois dela há um longo caminho", afirma o secretário Ricardo Henriques. "A articulação entre o Brasil Alfabetizado e a EJA (alfabetização e educação de jovens e adultos) é essencial para sanarmos a dívida histórica que temos com milhões de brasileiros que não tiveram a oportunidade de freqüentar as escolas na infância e adolescência", completa.
A secretaria vai fazer a análise pedagógica dos planos de trabalho enviados e em caso de aprovação serão firmados os convênios. A partir da assinatura dos convênios, os parceiros terão 45 dias para enviar os cadastros de alfabetizandos e alfabetizadores que vão compor suas turmas.
A nova resolução estimula também o atendimento a pessoas com necessidades especiais de aprendizagem, indígenas, quilombolas, comunidades ribeirinhas, moradores do campo, bem como a população carcerária e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas.
O Brasil Alfabetizado tem por objetivo ensinar jovens e adultos com idades acima de 15 anos a ler e escrever. Em 2003, foram atendidas 1.668.253 pessoas e em 2004, 1.717.229. De acordo com dados do Censo 2000 do IBGE, o Brasil tem 16 milhões de analfabetos.
As informações são do Ministério da Educação