Palocci diz que economia não foi e não será afetada por questões políticas

05/08/2005 - 23h21

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou hoje que a economia brasileira não foi e não será afetada por questões políticas. Segundo ele, o governo e os setores empresariais estão "seguros" quanto à resistência da economia brasileira.

"Os investimentos têm subido, os dados de produção industrial têm aumentado, o risco país tem caído, de forma que a economia brasileira tem sido capaz de reconhecer que, existindo um problema político, é no campo político que esses problemas vão ser equacionados", disse, após encontro convocado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com ministros e empresários dos setores produtivo, financeiro e comercial.

Para Palocci, o comportamento da economia brasileira é conseqüência, entre outros fatores, de uma política "estrutural" de exportação. "Diferentemente de 15 anos atrás, quando as empresas falavam na famosa exportação do excedente, hoje a política de exportação é uma política estrutural. Isso ajudou a fazer com que o comportamento do mercado de trabalho esteja sendo progressivamente melhor", afirmou.

O presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Armando Monteiro Neto, disse após a reunião que "graças à solidez dos fundamentos econômicos" a economia brasileira tem condições de seguir "descolada" da crise. "Na minha percepção, além disso, é preciso que se estabeleça uma agenda e foi essa a contribuição que o setor industrial deu", relatou.

Na manhã desta sexta-feira, confederações empresariais entregaram ao presidente Lula uma proposta de "Agenda Mínima para a Governabilidade", elaborada pelo Fórum Nacional da Indústria, da CNI. "Nós recebemos uma sugestão de pauta. Muitas das sugestões de pauta que foram feitas na reunião da manhã são propostas que o governo encaminhou", disse o ministro.