Thaís Brianezi
Repórter da Agência Brasil
Manaus - Em setembro, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) começa a executar oito projetos de avaliação, reconhecimento e validação científica das iniciativas inovadoras de produção em três pólos pioneiros do Programa de Desenvolvimento Socioambiental da Produção Familiar Rural (ProAmbiente).
A iniciativa é uma parceria com a organização não-governamental Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Segundo Luciano Mattos, assessor da diretoria da Embrapa e ex-gerente nacional do ProAmbiente, os estudos envolverão diretamente 75 famílias e indiretamente 1.200 famílias dos pólos da Transamazônica, de Roraima e de Rondônia.
São oito projetos com 48 meses de duração cada um e custo total de R$ 2,5 milhões – dos quais R$ 2 milhões vêm do orçamento da própria Embrapa, R$ 400 mil são verbas do Ipam e R$ 100 foram doados pela Comunidade Européia.
O PróAmbiente surgiu de uma proposta dos movimentos sociais rurais da Amazônia Legal para superar a dicotomia entre produção e conservação ambiental. O programa começou a funcionar em 2000, como projeto piloto da sociedade civil. Em 2003, virou ação de governo, sob coordenação da Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável (SDS) do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
O projeto atua em 11 pólos pioneiros – cada um com até 500 famílias de pequenos agricultores envolvidas. No ano passado, foi cumprida a etapa de cadastramento e o diagnóstico sócio-ambiental desses produtores. Neste ano, a fase é de elaboração dos planos de utilização dos lotes, com o objetivo de promover o uso sustentável da área. A partir daí, o ProAmbiente começará a pagar R$ 100,00 mensais para cada família, pela prestação dos chamados serviços ambientais – ou seja, por não degradarem a natureza.