Desde 2003, comércio entre Brasil e Camarões aumentou quase 500%

05/08/2005 - 13h46

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Reunidos hoje (5), diplomatas do Brasil e de Camarões, país da costa centro-oeste africana, concluíram a preparação para a visita que o presidente camaronês, Paul Byia, fará ao Brasil no final de setembro. A reunião durou dois dias, no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores.

O ministro Celso Amorim destacou o esforço de aumentar ainda mais a relação comercial entre os dois países. Desde 2003, o comércio transatlântico entre Brasil e Camarões já subiu quase 500%. Mas, para Amorim, "ainda é muito pequeno e precisamos ampliá-lo".

O comércio bilateral atingiu US$ 30,117 milhões no ano passado, com nítida vantagem para o Brasil que vendeu US$ 28,809 milhões em produtos siderúrgicos, açúcar, carnes, borracha, peixes, papel, celulose e veículos. Razão pela qual o ministro brasileiro acha que é necessário corrigir o desequilíbrio comercial. Amorim aponta oportunidades de negócios, em Cameroun, nas áreas de petróleo e da construção civil.

O chanceler camaronês Laurent Esso, que chefia a missão diplomática de Cameroun, destacou que os dois países têm uma agenda de cooperação que precisa ser reforçada; em especial nas áreas de agricultura, pecuária, saúde, segurança alimentar, esportes, ciência e tecnologia. Segundo ele, o Brasil tem muita experiência nessas áreas e pode ajudar com transferência de conhecimentos.

Celso Amorim afirmou que a reunião hoje encerrada era a segunda entre representantes oficiais dos dois países (a primeira aconteceu há 19 anos), e os entendimentos para isso foram retomados por decisão dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Paul Byia, durante visita do presidente brasileiro à capital daquele país, Yaundê, em abril último.