Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio – Foi iniciada hoje a conferência municipal preparatória para a segunda Conferência Nacional das Cidades, prevista para acontecer em novembro. O evento tem por objetivo reunir questões referentes aos problemas urbanos dos municípios brasileiros. O ministro das Cidades, Márcio Fortes, explicou que a conferência funciona como se fosse um "assessor" das ações do governo federal.

"Nessas conferências, a gente ouve os movimentos, as entidades acadêmicas, as entidades representativas de arquitetura e urbanismo, as prefeituras e a parte legislativa", disse o ministro, que participou da abertura da conferência.. "É bom ouvir: a democracia nos recomenda fazer isso."

Representantes da sociedade civil e da prefeitura do Rio aproveitaram a presença do ministro para apresentar suas propostas. O secretário municipal de Urbanismo Alfredo Sirkis explicou que é preciso "reduzir" a burocracia na concessão de financiamentos federais para a casa própria, principalmente para a população de baixa renda.

"Nós somos um país que nunca teve uma política de habitação voltada para a baixa renda. Nunca houve estímulo para que a construção civil construísse para essa faixa de mercado. Não existe crédito para o pobre comprar sua casa. Existe para ele comprar sua geladeira e sua televisão", afirmou Sirkis.

A Conferência Nacional das Cidades terá o tema "Construindo uma Política Nacional de Desenvolvimento Urbano" e servirá para discutir questões como o desenvolvimento regional, o financiamento para o desenvolvimento urbano e controle social. Além disso, será eleito o novo Conselho das Cidades, órgão consultivo do Ministério das Cidades.