Programa pretende incentivar venda dos produtos de pequenas empresas ao mercado europeu

26/07/2005 - 16h36

Marcelo Gutierres
Da Agência Brasil

São Paulo – Ampliar o acesso de produtos de micro e pequenas empresas brasileiras às prateleiras européias é o objetivo da terceira fase do projeto Al-Invest, programa criado em 1992 pela Comissão Européia. O lançamento da nova etapa ocorreu hoje (26) na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), entidade que encabeçou as primeiras iniciativas nacionais de contato com a Europa no começo da década de 90.

O projeto utiliza agências promotoras de negócios, chamadas Eurocentros, para as negociações entre empresas da União Européia e América Latina previamente selecionadas com foco em exportação. No Brasil há 17 agências exclusivas para acordos com aquele continente. A unidade instalada na capital paulista está sob direção da Fiesp. Em toda a América Latina há 56 agências. Na Europa há 133 agências, conhecidas como Copeco, direcionadas a negócios somente com a AL.

Até junho deste ano, 4.189 empresas nacionais, de todos os portes, já tiveram projetos aprovados pelo programa, cerca de 10% do total das propostas apresentadas.

Na primeira fase (de 1995 a 1999), coordenada pela Comissão Européia (órgão executivo da União Européia), o programa concentrou-se na expansão da rede de contatos entre Europa e AL. "No segundo momento (1999-2003), buscou desenvolver parcerias diretas entre entidades civis de países das duas regiões", explica o italiano Maurizio Queirazza, diretor do Al-Invest, cuja sede fica em Bruxelas (Bélgica).

A terceira fase, lançada hoje e que vai até 2007, visa prioritariamente micro e pequenas empresas dos dois continentes. O interessado em utilizar o serviço do Eurocentro deve, entre outras coisas, receber capacitação por meio de cursos com especialistas estrangeiros; visitar feiras de negócios pelo mundo com apoio de agentes credenciados, e receber acompanhamento do projeto durante dois anos. "Notamos que após esse período [de dois anos] as empresas conseguem estabelecer parcerias de grande duração. Dificilmente rompem contratos", explica o diretor do programa.