Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB) Antonio Sarkis Jr. afirma que o crescimento do comércio entre o Brasil e árabes é resultado do amadurecimento das relações entre as empresas desses países. O segundo semestre, como ocorre todos os anos, afirma Sarkis, deverá ser mais forte que o primeiro, que totalizou US$ 2,19 bilhões.
Contribuíram para isso as ações de promoção comercial da Câmara e a aproximação política promovida pelo governo federal. Sarkis lembra que, apenas este ano, a Câmara promoveu duas rodadas de negócios entre brasileiros e árabes em São Paulo. No campo político, a realização da Cúpula América do Sul – Países Árabes, em maio deste ano, impulsionou os negócios.
No ano passado, a corrente comercial entre o Brasil e os países árabes cresceu 50% em relação a 2003, atingindo US$ 8,1 bilhões. Em alguns dos países visitados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou por comitivas do governo federal ao longo do ano, como Síria, Líbia e Argélia, o volume de negócios mais que dobrou em 2004.
"O mercado árabe tem grande potencial", diz Sarkis. Até mesmo o agronegócio ainda tem espaço expandir exportações, na avaliação do presidente da CCAB. No setor de produtos manufaturados, estudo realizado em 2004 pela câmara aponta o setor de transportes (ônibus, caminhões, chassis e autopeças) como um dos mais promissores.
Outro estímulo às vendas para o mundo árabe é a inexistência de barreiras protecionistas e a progressiva eliminação de barreiras fitossanitárias.