Situação de assentados e quilombolas do norte fluminense é tema de reunião em Campos

24/07/2005 - 13h33

Aline Beckestein
Repórter da Agência Brasil

Rio - O superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Rio, Mário Lúcio, reúne-se amanhã (25), com representantes de grupos de assentados, produtores rurais e comunidades quilombolas, em Campos, no norte fluminense, para discutir propostas para a situação das famílias de assentados e quilombolas da região.

O secretário de Comunicação de Campos, Roberto Barbosa, informou que a cidade tem cinco assentamentos, dos quais três já foram legalizados. Segundo ele, Campos é um dos municípios fluminenses onde os conflitos entre assentados e produtores rurais são mais freqüentes. Ele lembrou que na semana passada a Justiça determinou o despejo do assentamento de Mário Lago, o que provocou revolta entre as famílias, que tiveram que ser transferidas para outro assentamento.

De acordo com Barbosa, a expectativa é encontrar na reunião soluções para minimizar as disputas fundiárias no município. "A situação em Campos está tensa em relação aos assentados. Nós esperamos que o Incra discuta a questão dessas famílias com os produtores rurais e que agilize a legalização de alguns assentamentos", afirmou.

Barbosa também disse que existem três comunidades quilombolas na região rural de Campos e que o Movimento Campista Pesquisas e Cultura Negra deve abordar com o superintendente do Incra a possibilidade de dar prioridade às mulheres quilombolas na distribuição de terras.